Por que é importante conhecer o comportamento das mulheres em momentos de consumo?

Em março temos duas datas importantes para o varejo: dia 08, que é o Dia Internacional da Mulher, e dia 15, em que comemoramos o Dia do Consumidor.

Todo mês com datas especiais fazemos um compilado de ações comerciais que você pode aplicar na sua empresa com o objetivo de alavancar vendas e criar novas oportunidades de negócio, mas desta vez o conteúdo vai ser um pouco diferente.

Aproveitando que em março temos essas duas datas comemorativas e que abrem portas para ações especiais no mercado de consumo, vamos falar um pouco sobre o comportamento das mulheres enquanto consumidoras.

O objetivo principal é que, ao longo da leitura, você tenha ideias de como criar espaços de consumo mais propícios para suas clientes em potencial.

Afinal de contas, um marketeiro que conhece seu público-alvo e personas é um profissional que gera leads melhores para sua equipe de vendas.

A jornada da mulher antes de chegar no consumo

As mulheres representam mais da metade da população brasileira: 51,1%, para ser mais precisa.

Ao mesmo tempo, de acordo com o IBGE e com a OMS, elas vivem mais tempo (provavelmente porque vão ao médico descobrir que problemas têm e seguem as orientações, ao contrário da maioria dos homens).

Elas têm mais tempo de vida e são mais numerosas: maior probabilidade de consumo, então é mais do que relevante conhecer bem seus hábitos de consumo.

Desde a década de 1980 as mulheres também vêm alçando novos voos: estão conquistando uma fatia maior do mercado de trabalho e passaram a ressignificar conceitos antigos de felicidade. Agora a vida não precisa ter casamento e filhos para ser plena.

Porém, a jornada em busca de equidade com relação aos homens ainda está só no começo. De acordo com o relatório de gênero e indicadores sociais publicados pelo IBGE em 2019, as mulheres gastam em média 18,1 horas semanais com serviços domésticos e cuidados pessoais de terceiros – filhos por exemplo – contra 10,5 horas semanais dedicadas pelos homens às mesmas tarefas.

Na prática, 73% do tempo das mulheres vai para servir outras pessoas ou cuidar da casa. É justo?

Bom, com justiça ou não, as minas seguem em busca da independência financeira, com isso vão galgando cada vez mais posições em cargos de liderança, ganhando mais dinheiro e vivendo melhor, realidade que impacta diretamente o mercado de consumo.

Perfil de consumo das mulheres

Uma pesquisa do SPC Brasil mostrou que o consumo das mulheres brasileiras ainda é influenciado pela televisão: 68,4% das entrevistadas consideram a TV como sua principal fonte de informação. Porém, redes sociais como o Facebook e o WhatsApp, além dos portais de notícias, também estão no radar da mulherada.

Isso significa que o consumo direto e indireto pela internet vem ganhando cada vez mais força. Para o varejo, essa informação é positiva: o investimento com mídias online é mais barato e entrega um lead mais segmentado.

Nesse aspecto, uma pesquisa da Nielsen com a Opinion Box entregou outros dados relevantes, que você vê abaixo.

• 90% das mulheres acessam a internet todos os dias; dessas, 80% entram nas redes sociais, 67% assistem filmes ou ouvem música e 60% realizam atividades do dia a dia, como ver e-mails e fazer pesquisas e 59% leem notícias online;

• Anúncios online: as maiores conversões em compras vêm de roupas, sapatos e acessórios (48%), alimentos (45%), eletrônicos (43%), cuidados pessoais (38%) e maquiagem (37%);

• 46% das mulheres entrevistadas compram de marcas que apoiam causas sociais.

Oportunidades para fazer melhor

Já sabemos que as mulheres ainda assistem muita televisão, gostam de comprar de marcas que apoiam causas sociais e acessam a internet todos os dias. Mas quais são os pontos em que o varejo pode melhorar?

Identificação

Aquela pesquisa da SPC Brasil mostrou dados importantes sobre a identificação que as mulheres sentem – ou não – com relação às propagandas que as impactam.

58,5% das entrevistadas afirmaram que as propagandas não retratam uma mulher real. Isso significa que mais da metade das brasileiras não se vê na publicidade, mesmo com tantas discussões sobre o assunto e com a militância feminista, que ressalta o valor das mulheres reais até mesmo em campanhas publicitárias.

59% dizem que as mulheres da mídia são muito diferentes fisicamente das mulheres reais. 32% afirmam que se sentem incomodadas com anúncios que objetificam sexualmente o corpo delas.

Esta é uma oportunidade para fazer melhor: repensar as campanhas e trazer mulheres mais realistas para a mídia.

Mas como elas querem ser retratadas? O levantamento também fez essa pergunta às entrevistadas: elas querem ser mostradas como guerreiras (49,2%) sem aquele padrão de beleza inexistente dos filmes e da TV (46,6%), dinâmicas (33%) e independentes (32,7%).

Conversão

A decisão de compra está na mão das mulheres, pelo menos aqui no Brasil. Outro levantamento da Nielsen mostrou que elas são responsáveis por 96% das compras nos lares tupiniquins.

60% delas são céticas quando o assunto é a melhora do cenário econômico nacional, portanto os principais motivadores de compra estão relacionados aos preços das coisas.

• 74,2% priorizam o custo-benefício;
• 63,7% pensam muito no fator preço baixo;
• 32,6% gostam de marcas que fazem boas promoções com frequência.

Insights? Temos!

Você não pode dizer que não trouxemos informações relevantes nesse conteúdo, né? Eu mesma tive vários conforme fui escrevendo, principalmente quando soube que as minas estão querendo comprar de marcas que apoiam causas sociais. Aproveite o texto para aplicar mudanças no seu negócio!

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Carol Balduci

Redatora na Rezz